INDÍGENAS: "Ter acesso ao direito básico ainda é uma realidade muito distante para as comunidades indígenas”, afirmou deputada federal

O diálogo virtual da DPE-RR tratou sobre defesa de direitos e o combate ao racismo

 

“Diálogo sobre políticas públicas de combate ao racismo é importante para definir mecanismos de equidade étnico-raciais”, diz defensor público-geral.

 

Ao todo, serão três ciclos de Diálogos Virtuais sobre a Campanha “Racismo se combate em todo lugar” pelo Instagram da Defensoria Pública do Estado (DPE-RR), @defensoriarr.  Na última sexta-feira (21) aconteceu a primeira rodada de conversa sobre a defesa de direitos e o combate ao racismo.

O bate-papo foi conduzido pelo defensor público-geral, Stélio Dener, e contou com a participação virtual do subdefensor público-geral, Oleno Matos, e da ilustre convidada, deputada federal Joênia Wapichana.

Para Matos, a parceria não se limita apenas à realização de orientações jurídicas para os usuários. "É necessário ter uma visão diferenciada para essa instituição que tanto faz pelas minorias e pelo combate ao racismo”, lembrou.

O defensor público-geral reafirmou que está atuando para o crescimento da Defensoria no âmbito de cobertura jurídica populacional. “Durante essa gestão, estamos empenhados e em tratativas para colocar escritórios da Defensoria nos municípios de Roraima que não possuem comarcas, principalmente nos municípios Uiramutã, Normandia e Amajari,  para oferecer acesso à justiça gratuita aos povos indígenas”, mencionou.

Em sua fala, a deputada federal Joênia Wapichana revelou que, apesar das ações de enfrentamento ao preconceito e preservação dos povos tradicionais, as dificuldades enfrentadas pelos povos indígenas ainda persistem. "Ter acesso ao direito básico ainda é uma realidade muito distante para as comunidades indígenas, e é necessário colocar isso na mesa, porque grande parte da população roraimense é indígena, porém não é valorizada”, pontou.

Durante o diálogo, a deputada Joênia criticou as ações de desmatamentos e garimpos ilegais no estado de Roraima. “Garimpo hoje é crime, principalmente em terras indígenas, onde não se tem projeto de lei regulamentar. Precisamos identificar os problemas no nosso estado para atender as necessidades de um povo que continua sendo humilhado. Os povos indígenas cuidam e protegem nossas terras e tiram o sustento delas, não podemos aceitar a destruição”, argumentou.

CONTINUA: O segundo diálogo acontece nesta segunda-feira (24), às 16h, com o tema “Pelo fim do Genocídio”, com a participação de Glória Rodrigues e Roberto Ramos, presidente da Unegro/RR e doutor Especialista em Ciências Sociais, respectivamente.

O terceiro e último Diálogo Virtual vai abordar sobre “Migração, Refugiado e Casa de Acolhimento”.

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