ANADEP abre seminário “A Mulher na Defensoria Pública”

De acordo com o Ministério da Justiça, 49% dos cargos da Defensoria Pública são ocupados por mulheres. Com o objetivo de promover reflexões acerca da igualdade de gênero e das questões relacionadas aos direitos das mulheres na sociedade e, especialmente, no âmbito da Instituição, a Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), a Comissão Especial dos Direitos da Mulher e a Escola Nacional de Defensores Públicos (ENADEP), abriu, nesta quinta-feira (15), o seminário “A Mulher na Defensoria Pública”. O evento foi realizado na nova sede da Escola da Defensoria Pública do Distrito Federal (EASJUR/DF), em Brasília.

Compuseram a mesa de abertura, o presidente da ANADEP, Antonio Maffezoli; a diretora da ENADEP, Fernanda Mambrini; a subdefensora pública-geral do DF, Karla Núbia Rodrigues de Sousa, que representou o CONDEGE; e a representante da Comissão Especial das Mulheres da ANADEP e da Coletiva Mulheres Defensoras Públicas do Brasil, Dulcielly Almeida.

Na abertura do seminário, a vice-presidente da ANADEP, Thaísa Oliveira, quebrou o protocolo e, em nome dos organizadores do evento, fez uma homenagem à Marielle Franco e ao seu motorista Anderson Pedro Gomesque, executados a tiros na noite desta quarta-feira (14), no centro do Rio de Janeiro. Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições 2016 com 46.502 votos. Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), teve dissertação de mestrado com o tema "UPP: A redução da favela a três letras". Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Em seguida, a diretora da ENADEP, Fernanda Mambrini, pontuou que o objetivo do seminário é focar não apenas na realidade das defensoras e servidoras, mas também na mulher usuária dos serviços da Defensoria Pública, para que seja aprimorado o trabalho desenvolvido na defesa de mulheres. Segundo ela, é necessário lutar não apenas pelo reconhecimento de direitos ainda ignorados, mas até mesmo pela manutenção das conquistas que se acreditavam já consolidadas. “Nós, mulheres, lidamos com inúmeros desafios que não são sequer cogitados por quem não se identifica com esse gênero. A violência da qual se fala quando se busca a igualdade não é só a física, mas aquela que se materializa diariamente com cada uma das mulheres, em grau maior ou menor, mesmo com relação àquelas que se consideram favorecidas/privilegiadas no contexto do patriarcado reinante”, destacou.

 

FONTE: ANADEP

 

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