Jeane Xaud ministra palestra para defensores do Amapá

A convite da ANADEP (Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos), a defensora pública Jeane Xaud ministrou a palestra “Atuação Interdisciplinar da Defensoria Pública” para os 40 recém-empossados Defensoras e Defensores Públicos do Amapá, que é a última DPE institucionalizada no País.  

“Buscou-se apresentar a interdisciplinaridade como meio de avanço na defesa e garantia de direitos, bem como moderna ferramenta de entendimento da ciência jurídica, facilitadora da aplicação prática desta, mediante a aproximação com a realidade jurídico-social dos assistidos (as)”, comentou.  

Na palestra foram apresentados exemplos de atuação interdisciplinar, especialmente em relação aos direitos do idoso, da pessoa com deficiência, mulheres, criança e adolescente, deficientes, indígenas, sempre pautando a intersecionalidade em raça, gênero, classe e geração, que devem permear o trato e a devida garantia destes direitos.

Jeane  reforçou sobre a importância do Defensor e da Defensora, assim como de todos os colaboradores institucionalmente envolvidos, conhecer as políticas públicas e estar em contato constante com a rede de proteção especializada, conhecendo-a, capacitando-a e alinhando posturas e procedimentos na condução e solução dos casos concretos.

Mencionou sobre a necessidade de intersecionalmente conhecer a realidade social do assistido/a, para uma maior compreensão de sua história e demanda e para que receba um acolhimento e atendimento humanizado na Defensoria Pública, evitando assim a revitimização destes.

Temas como Justiça restaurativa, conciliação, mediação, discriminação racial, de classe e gênero, violência institucional, entre outros, assim como a carência de políticas especificas no combate ao racismo, homofobia, inclusão, foram igualmente discutidos entre os participantes.  

Na oportunidade, Jeane agradeceu pelo convite em ministrar a palestra: “Momentos assim são muito importantes para padronizar nosso acolhimento, atendimento e encaminhamentos, jurídicos ou não, além de permitir conhecer as realidades e necessidades da Defensoria Pública em cada Estado. Nesses quase 14 anos de trabalho dentro da Defensoria Pública, sendo que 9 anos em defesa das mulheres em situação de violência, entendo que a interdisciplinaridade e a intersecionalidade são fundamentais para a concretização de nosso munus que é basilarmente a defesa dos hipossuficientes e vulneráveis’.

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