DPE fortalece campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher

Instituição promove atividades de luta e de  enfrentamento

 

A Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE) por mais um ano fortalece a campanha mundial dos ‘16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher’ no estado, por meio do Juizado Especializado que atua contra a violência doméstica e familiar. Esta é uma campanha que acontece anualmente a partir do dia 21 de novembro.

Já o Brasil antecipou o início da campanha para o dia 20 de novembro (Dia Nacional da Consciência Negra) como forma de reconhecimento ao histórico da discriminação contra a população negra e, especialmente, às mulheres negras, que ainda hoje têm suas vidas marcadas pela opressão de gênero, raça e classe social. A campanha vai até o dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Na manhã desta terça-feira, 28, usuários que compareceram para atendimento e servidores da DPE participaram de um diálogo com a articuladora da Rede Mulheres da Fundação Oswaldo Cruz, Patricia Ludmila, sobre ‘violência de gênero e rede de proteção’.

            A abordagem do Diálogo na Sala de Espera foi de mudança de concepção.  Desmistificar que a figura feminina é de alguém sempre frágil, enquanto, a figura masculina, de alguém determinado e mais importante no seio familiar. Essa ideia enraizada em parte da sociedade reforça a desigualdade de gênero.

            Além disso, Patrícia alertou sobre o número expressivo de feminicídio, que atinge e viola a liberdade e a vida de várias mulheres pelo fato da sociedade se impor ainda machista, mesmo após as mulheres terem conseguido espaço na sociedade. “Infelizmente, até mesmo nós mulheres continuamos a disseminar esse preconceito, mas falando e debatendo este tema, acredito se pode combater esse pensamento de inferioridade”, afirmou.

            De acordo com a defensora pública, Jeane Xaud, titular do Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a campanha quer propor um espaço de debate como também medidas de prevenção e combate à violência de gênero.

            “A Defensoria Pública tem sempre buscado denunciar as várias formas de violência contra a mulher, além de enfatizar que todo tipo de violência é uma violação aos direitos humanos”, explicou a defensora.

            Ao longo da campanha a Defensoria Pública desenvolveu várias atividades a fim de promover espaços de participação e debate. Desde o início da campanha, palestras têm sido ministradas pelo Coletivo das Defensoras do Brasil e demais parceiros da DPE. O Coletivo também coordenou a inauguração popular da Casa da Mulher Brasileira, que foi um ato dos movimentos sociais, artistas locais e população em geral em pressionar o governo federal pela abertura da Casa, que está concluída, porém está abandonada.

Atualmente mais de 160 países desenvolvem esta campanha, levando incentivos a sociedade e seus governos não só a refletirem, mas tomarem atitudes de frente quanto à eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres.

A CAMPANHA - Em 1991, 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL/EUA), iniciaram a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”. No Brasil a campanha é realizada desde 2003, por meio de ações de mobilização, palestras, debates e encontros, e é coordenado pela Organização não governamental de Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento (AGENDE).

 

 

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